Ciclovias aumentam em até 49% vendas no comércio local.

Um recente estudo realizado na cidade de Nova Iorque, nos E.U.A., mostrou que ruas com ciclofaixas protegidas têm um aumento de até 49% nos negócios de empresas localizadas nessas vias. O estudo foi realizado nas 8ª e 9ª Avenidas de Manhattan, que receberam as primeiras vias deste tipo nos E.U.A. Este tipo de dado deve diminuir a resistência por parte de empresários com posição contrária à construção de faixas exclusivas para bicicletas nas ruas de suas lojas – que acham que com a redução do número de vagas para carros seus clientes vão deixar de comprar em seus estabelecimentos, como aconteceu recentemente na Avenida José do Patrocínio em Porto Alegre.

Mais importante ainda, o estudo mostrou uma grande redução no número de feridos, tanto de pedestres e ciclistas, como de passageiros e condutores de automóveis. O número de feridos chegou a cair 58% na 9ª Avenida.

Documento-1-página001Nessas avenidas, as ciclofaixas são protegidas pelo estacionamento de carros à sua direita, mas ao contrário do que acontece nas ciclovias implementadas em Porto Alegre, não há risco de quem está de bicicleta ser surpreendido por portas de veículos que se abrem de repente. Há um espaço de mais de um metro de largura entre os automóveis estacionados e a ciclovia, o que garante não só a segurança dos ciclistas, mas também a segurança e conforto de quem embarca ou desembarca dos veículos estacionados.

O mesmo estudo também apontou que investimentos em espaços de qualidade para pedestres também geram um grande incentivo ao comércio de rua. Num dos exemplos citados pelo estudo, um estacionamento no bairro do Brooklyn  foi convertido numa praça para pedestres. Após a reforma, o comércio do entorno registrou um aumento de 179% nas vendas em contraste a um aumento de apenas 18% no resto do bairro.

Para ler o estudo na íntegra (em inglês), acesse este link.

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9 respostas para Ciclovias aumentam em até 49% vendas no comércio local.

  1. Aldo M. disse:

    O único tipo de comércio que pode ser prejudicado com a melhoria dos espaços para pedestres em uma cidade é o comércio centralizado dos shoppings e dos grandes supermercados. Se houver boa infra-estrutura para pedestres e ciclistas, com restrição ao uso do automóvel e redução dos limites de velocidade, as pessoas naturalmente irão preferir fazer as compras próximo às suas casas. Isto contribui inclusive para a redução da violência social nos centros urbanos.

  2. Sylvio disse:

    Achei bem interessante esse vídeo sobre o mesmo assunto do post. Faz uma crítica à transformação de ruas, amigáveis a pedestres e ciclistas, em rodovias com várias pista exclusivas aos automóveis. Também afirma que isso prejudica as atividades comerciais. http://1penoporto.wordpress.com/2013/03/05/the-stroad/

  3. Carlos F Kieling disse:

    Opa! Muito legal o texto acima, aproveitei e mandei-o para uma blogueira de minha cidade (Lajeado-RS) e ela o publicou dando os devidos créditos a vocês.

    Abraços
    Carlos F Kieling

  4. Rafael Zart disse:

    Muito bom o texto só acho que o título devia ser “Ciclovias BEM FEITAS aumentam em até 49% vendas no comércio local.” Os desavisados podem confundir aquelas camadas de tinta que a prefeitura está colocando em Porto Alegre com ciclovias. Estas não agradam a ninguém. Não dão a devida segurança a quem pedala (tinta lisa, desníveis incríveis e afunilamentos) e acabam por confundir o trânsito (onde começam, onde terminam, como se entra?) e, de certa forma, por atrapalhar moradores e comerciantes.

  5. marcelo disse:

    legal o texto. sempre imaginei exatamente esse resultado.
    mandei para o prefeito de curitiba.
    se ele responder, coloco aqui.

  6. Carlos Marques disse:

    Em 28 de agosto de 1999, o centro de Porto Alegre foi reaberto a circulação de automóveis depois de 22 anos. Com a prefeitura sob o comando de Raul Pont (PT), foi instituído o Programa de Revitalização do Centro de Porto Alegre, coordenado pela Secretaria do Planejamento Municipal (SPM), pelos secretários municipais dos Transportes, Mauri Cruz, de Obras e Viação, Estilac Xavier, e da Produção, Indústria e Comércio, Milton Pantaleão, e do coordenador do programa por parte da SPM, Moacir Bastiani. Carros e pedestres voltaram a dividir novamente o espaço na avenida Borges de Medeiros, entre a rua José Montauri e a avenida Salgado Filho, centro da cidade.
    A desculpa na época era que com a descentralização da economia da cidade devido à construção dos shoppings e à ampliação do comércio de bairro, o Centro foi perdendo o glamour. A movimentação noturna da região – que já centralizou os principais pontos de encontro dos porto-alegrenses nas décadas de 50 e 60 – ainda é um desafio para as autoridades policiais. A revitalização está sendo feita para resgatar parte da história da cidade e movimentar novamente a região. “Essa é uma das passagens que estamos criando para facilitar o acesso ao Centro”, disse Bastiani a época. Os veículos voltaram a circular no local a uma velocidade máxima de 20km/h. Foram criados 94 boxes de estacionamento para veículos no trecho, quatro deles para deficientes físicos.

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