Audiência no MP – relato preliminar

Alguém perguntou, no grupo de discussão, como foi a audiência no Ministério Público.

Estou aguardando a ata que deve ser enviada por e-mail a quem pediu. Enquanto isso, cedo ao impulso de compartilhar algumas impressões com quem lá não esteve. Certamente haverá comentários complementares, e outros relatos.

Foi uma reunião extremamente positiva; basta dizer que eu, que estava com pouca vontade (no sentido de ânimo) de ir, me sinto contente e revigorado por ter ido.

Quantas vezes isso já aconteceu depois de uma reunião potencialmente
chata/conflituosa?

A audiência tinha hora para começar e acabar, alguns ótimos interlocutores, um grau no mínimo razoável de sinceridade por parte das autoridades presentes, e um excelente mediador (o próprio promotor, Luciano de Faria Brasil).

O Sr. Brasil, que é um dos três responsáveis pela Promotoria de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística do MP, mostrou um bom grau de informação (citou expressamente este blog como uma de suas fontes, inclusive), compreensão dos fatos, sem em nenhum momento  abandonar a imparcialidade. Mostrou tbém tato, olhar psicológico, capacidade de “sacar” coisas e pessoas, muito fora do comum. Uma grata surpresa.

Houve momentos impagáveis onde a riqueza de idéias veio à tona em formulações impecáveis e bem-humoradas; outros momentos um pouco mais tensos, onde o procurador interveio, assumindo o papel de mediador com mão hábil: firme e suave.

As outras autoridades presentes (vários representantes da EPTC e um tentente-coronel da Brigada), em maior ou menor grau, demonstraram
dificuldade em entender os princípios básicos da Massa Crítica e o fato que é impossível enquadrá-la totalmente em alguma categoria de evento/movimento preexistente. Esta é uma das raízes da divergência. Eu tenho convicção que, na maioria dos casos, essas pessoas (as autoridades) realmente não estão conseguindo entender. Isso não me surpreende e nem acho nada absurdo; a imprensa portoalegrense levou dois anos para começar a entender o que é a MC.

O conflito ou discordância, propriamente dito, como foi magistralmente
colocado pelo Aires Becker, é de natureza 100% cultural. Não é um problema legal; ou melhor, o problema legal é algo menor, que acaba mascarando o real e verdadeiro incômodo que é a proposta de um estilo de transporte diferente, coisa que tem múltiplas implicações.

Entretanto, o problema legal existe, e, mesmo não sendo a principal coisa, precisa ser encarado, de uma maneira ou de outra.

Aires e o João deixaram muito claro que a Massa Crítica não pode em nenhuma hipótese abrigar nem depender de viaturas motorizadas; ao que o Sgarbossa completou que a viatura é bem-vinda, quando acompanha a Massa pela retaguarda.

Fiquei um tanto perplexo ao ouvir os 3 representantes da EPTC declararem que o azulzinho perde a autoridade se acompanhar a Massa de bicicleta. Mas creio que há espaço para conversar e progredir nesse ponto.

Algumas otoridades não vão desistir tão fácil da idéia fixa de transformar
a Massa em um passeio com batedores.

Porém, não vai haver investigação nenhuma, muito menos inquérito. O promotor deixou muito claro, desde o início, que o papel do MP nesse caso é de ensejar a reabertura do diálogo. Capellari não teve remédio a não ser concordar e dizer que a única preocupação dele é com nossa segurança.

O MP propôs, e todos os presentes aceitaram, participar de um fórum permanente sobre a Massa, que por excelente e oportuna sugestão do João Carneiro teve o tema modificado para Mobilidade Urbana.

O MP tbém espera que os cidadãos presentes, muito embora não sejam representantes da Massa (esse ponto parece definitivamente compreendido), fomentem um debate nas redes sociais que ajude a avançar algumas das questões. Para a Massa de amanhã a EPTC ficou de enviar um azulzinho para observar e conversar com os participantes no momento da escolha do trajeto.

Todos os presentes tiveram a sabedoria de deixar alguns pontos em aberto para os próximos encontros. Com isso há tempo para reflexão sobre o que cada um escutou.

É possível que hoje tenhamos dado um pequeno mas decisivo passo em direção a uma aproximação e cooperação entre poder público e cidadãos. Afinal somos todos pessoas!

Por outro lado, os “rebeldes sem causa” – que obviamente não comparecem a reuniões como essa – vão talvez tentar destruir isso. Torço e trabalharei para que não consigam.

Recusar a colaboração de um azulzinho (se estiver de bicicleta) não é menos discriminação do que racismo ou sexismo.

Daqui a 50 anos talvez ainda se fale desse dia.

A próxima audiência (primeira do Fórum Permanente) será no dia 12 de janeiro de 2012.

Feliz Ano Novo para quem não vai na Massa amanhã!

Sobre lobodopampa

Falar de si mesmo é contraproducente. Ah: lobodopampa e artur elias são a mesma pessoa (eu acho).
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87 respostas para Audiência no MP – relato preliminar

  1. Sou velho (muito mais que meus 37 anos de vida) e confesso que o conceito da MC ainda é um pouco confuso na minha cabeça. Compreendo que não faz sentido que um movimento em prol de um novo modo de transporte (que são as bicicletas) realmente não pode ter como “acompanhantes”, batedores em motocicletas. Achei simplesmente ridículo o fato da EPTC não querer acompanha a MC com bicicletas. O que deveria ser um orgulho para a EPTC (as bicicletas), acaba sendo uma vergonha. Vergonha é não querer dar apoio a um movimento legítimo. Ainda estou temerário em participar… Acho que os ânimos ainda estão muito exaltados… Também acho que bicicletas assim, no trânsito da cidade, precisam de alguma forma de organização e proteção. Espero me “modernizar” e assim compreender melhor tudo isso. Já uso o transporte coletivo no meu dia-a-dia e em 2012 irei de bicicleta para o trabalho e faculdade. Sorte para todos nós.

    • Marcelo disse:

      Não te preocupa, não estás velho, o problema é que para entender a Massa Crítica só indo em uma mesmo.

    • Liulso, eu adorei teu comentário. Porque é realmente difícil entender uma movimentação “horizontal”, que não tenha ninguém que te diga por onde ir, o que ou como fazer, dependendo de con-senso (coletivo) e bom senso (individual). É essa característica que permite que, mês a mês, a massa crítica aconteça independente de quem compareça ao seu ponto de partida. Se você e cinco amigos seus chegarem ao Largo da Epatur e não houver mais ninguém por lá, você poderá perguntar: “ué, mas não vai ter Massa Crítica”? E é claro que vai ter: se vocês decidirem sair de lá e pedalar, a Massa Crítica já estará acontecendo. O trajeto que vocês decidirem fazer é o trajeto da Massa Crítica. Se mais pessoas se juntarem, será preciso decidir coisas em conjunto para que todos estejam seguros. Foi exatamente funcionando dessa maneira que a Massa Crítica está crescendo e conquistando a atenção e recebendo os questionamentos da mídia, da opinião pública e de nossos governantes. Por isso não há representantes nem líderes. Porque a Massa Crítica só é o que acontece em Porto Alegre mensalmente. No mais, é aquilo que o Marcelo disse: para entender é só participar. E você vai ver que é perfeitamente compreensível. No mais, é um passeio tranquilo, animado e, como na vida, quem vai para atrapalhar e causar mal-estar acaba indo embora cedo e não acrescenta em nada à força da coletividade. 🙂

  2. Aldo M. disse:

    Obrigadíssimo pelo relato, Artur. Fiquei contente que uma sugestão recente que eu tinha dado de retomar as reuniões que havia antes do rompimento do diálogo pela EPTC e criar um Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana para atuar junto aos entes públicos acabou se materializando de alguma forma. Aliás, antes de ser uma ideia “minha” era um anseio comum a todos que vem agindo e discutindo ao longo do ano por esta causa.

    Com certeza foi um momento histórico. Mas eu estava apostando que o MP não ia pagar mico engolindo a denúncia estapafúrdia do Capelari. Pode não parecer para alguns, mas sou um otimista, às vezes até demais.

    Mas o o principal foi a atitude fantástica do Aires Becker de comprar essa briga e defender a causa de forma tão engajada e brilhante. Meu sincero obrigado, com todo o respeito, ao Comandante Aires por ter lavado a nossa alma neste dia. Com certeza seu nome está escrito no futuro desta cidade. Já o daquele ex-diretor da EPTC… como era mesmo o nome dele?

    Feliz 2012 para todos! Nós merecemos!

  3. Klaus disse:

    “Afinal somos todos pessoas!”

    Grande ensinamento, 🙂

    Felizes Todos os Días a Todos ! ! !

  4. Marcus Brito disse:

    Depois vou escrever o meu próprio resumo da reunião. Em tempo, a incrivelmente incorreta matéria do ZH:

    http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2011/12/massa-critica-aceita-que-eptc-acompanhe-manifestacao-desta-sexta-pelas-ruas-da-capital-3614552.html

    E para quem se perguntar por que tamanha animosidade contra a Massa Crítica, basta prestar atenção nos anunciantes:

    http://cl.ly/2a3S1s0T003N0R2V1q1d

    • Aldo M. disse:

      O jornalista não teve capacidade de entender que não houve acordo firmado com relação ao trajeto, ou então a redação não entendeu, e acabou distorcendo, mas com aquela tendência de pender sempre para o mesmo lado, como um manco.

  5. airesbecker disse:

    Espero pela Massa da Vitória!
    A Massa é da Paz e tá na Lei!

  6. Marcelo Sgarbossa disse:

    Colegas

    O relato do Artur e as colocações do Aires ontem foram todas muito positivas.

    O Aires enfocou bastante o pacifismo que marca a Massa. Se alguém da imprensa quiser continuar falando em “guerra nas ruas” aí é porque a vontade de vender notícia errada extrapolou aos limites éticos da comunicação.

    PESSOAL DA IMPRENSA QUE DEVE ESTAR LENDO ISSO AQUI: TCHÊ, QUE TAL TORNAR A PAUTA POSITIVA DAQUI PARA FRENTE?!!!! MOSTREM AS FAMÍLIAS QUE PARTICIPAM DA MASSA CRÍTICA, MOSTREM AS PESSOAS QUE FORAM UMA VEZ E AGORA NUNCA MAIS QUEREM DEIXAR DE IR. PARTICIPEM DA MASSA UMA VEZ E VEJAM COMO É SE SENTIR LIVRE E SEGURO PELAS RUAS DE UMA CIDADE VIOLENTA E DESUMANA!!!!!! AÍ VOCÊS VÃO ENTENDER O REAL SENTIDO DO +AMOR – MOTOR!!!!!

    No relato do Artur, consta que eu disse que era bem vinda as viaturas, desde que na retaguarda do grupo. É verdade, eu estava respondendo a pergunta do Coronel da Brigada e da EPTC (“Com que autoridade um ciclista pode trancar um cruzamento?”).

    Neste tema, minha posição é que:

    – se as autoridades quiserem vir, que venham (ninguém pode impedir, não é?), mas não fiquem querendo passar pelo meio do grupo (expondo a perigo quem esta de bicicleta), e muito menos tentem ultrapassar o grupo pela calçada, expondo a risco os pedestres (isso parece que EPTC e Brigada Militar entenderam bem ontem);

    – se EPTC e Brigada quiserem vir fazer “rolha” nas esquinas, que venham. Mas saibam que a função dos “rolhas” é também conversar com os motoristas, entregar flores, panfletos explicativos que convidam para a Massa. Que bom que se também os Agentes da EPTC e os Policiais Militares (de bicicleta) também nos ajudasssem a entregar os panfletinhos!!!

    Quanto ao foco das próximas reuniões:

    Parabéns ao João (que sugeriu que a partir da próximo reunião ampliemos o debate para Mobilidade Urbana e não apenas Massa Crítica).

    MAS ATENÇÃO!!!! (Dr. Luciano Brasil, Promotor de Justiça, o Sr. deve estar lendo estas linhas).

    – Tanto se falou em Lei ontem. Pois saiba que o art. 32 do Plano Diretor Cicloviário Integrado (Lei Complementar Municipal n. 626 de 15/07/2009) obriga que o Município de Porto Alegre destine 20% das multas de transito para construção de ciclovias e educação para o transito em bicicleta. Bom, não é cumprido desde que a lei existe (2009)!

    – Como faço parte de uma Associação Civil jurídicamente (Laboratório de Políticas Públicas e Sociais -Lappus-Cicloativos) com foco na mobilidade urbana, protocolamos na EPTC, em 22 de setembro, um pedido de informações sobre o cumprimento desta Lei. Já se passaram 3 meses e nada da resposta…

    Nem meus tataranetos desfrutarão dos 495 km de ciclovias previstos no Plano Diretor Cicloviário. Anunciar que depois da Ipiranga vai começar as obras na Sertório é jogar para a torcida (opinião pública) e ganhar tempo até a eleição. Ou seja, é tratar como inimigo os ciclistas que estão dando voz a esta justa reivindicação.

    Dr. Luciano, depois do atropelamento da Cidade Baixa, a EPTC, por pressão de 2000 pessoas que caminharam até a Prefeitura, se abriu para as reuniões com ciclistas.

    Mas logo depois do lançamento das obras na ciclovia da Ipiranga o diálogo cessou (claro, perante os porto-alegrenses, passou a idéia que a Prefeitura está em dia com o tema ciclovias…

    Ou seja, quando se abriu um diálogo, foi para “acalmar” os ânimos de ciclistas quem reivindicam um bem para toda a cidade. Ora, não se trata de acalmar ninguém, se trata de ter coragem política para enfrentar o tema da Porto Alegre do futuro (com menos carros e uma cidade mais humanizada).

    Mas qual é linha política do Prefeito?

    – Estacionamentos subterrâneos (mais carros no centro!),
    – Permitir que as pessoas estacionem no Glênio Peres (tirando o espaço das pessoas),
    – Proibir manifestações no Glênio Peres;
    – Reduzir as calçadas da Andrade Neves (para abrir mais espaço para os carros),
    – Cortar um pedaço do Parque Marina do Brasil;
    – e por aí vai…

    Enfim, estamos na contra-mão da história!

    ENTÃO, Dr. Luciano, parabéns pela iniciativa de dar seguimento às reuniões, ainda mais ampliando para Mobilidade Urbana (e não só sobre a Massa Crítica), mas saiba que este movimento que busca uma cidade mais humana já percebeu que diálogo verdadeiro é aquele que resulta em assumir compromissos e ter coragem política para fazer, coisa que, mesmo depois de um triste fato histórico (atropelamento na Cidade Baixa), a Prefeitura não entendeu. (e o pior, abriu um canal de conversa para o Busatto, assessor direto do Prefeito, ir dizer que “vocês tem que reinvindicar ciclovias no Orçamento Participativo”… é participação usada contra a participação ou, como diz Norberto Bobbio, quando alguém quer inibir a participação, ofereça participação em excesso…). O Ministério Público, com certeza, esperamos, não vai cair nessa.

    Portanto, seguem as reuniões, tomara que sinceras e produtivas, MAS SEGUE TAMBÉM A LUTA!

    Fraterno abraços!!!

    marcelo sgarbossa

    • Olavo Ludwig disse:

      Ótimo Marcelo, eu sugiro que para a reunião do dia 12 se leve por escrito ao MP um pedido de providências para se cumprir o Plano diretor Cicloviário em Porto Alegre.

      • Aldo M. disse:

        E, até mais importante, pedir que se cumpra o PDDUA – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, especialmente o capítulo dedicado à Mobilidade Urbana.

  7. Naza disse:

    Eu acho um cansaço discutir a MC. Primeiro, porque uns (de fora da MC) nunca entenderão o que é, porque alguns (de dentro da MC) também não entendem o que é. Acabei de debater no FB num grupo chamado Massa Crítica Porto Alegre, que nem deveria existir (pode e deve existir o convite para as Massas na modalidade evento no FB), que a MC é um meio e não um fim. Quando a transformam em fim, fazem com que ela deixe de operar como um meio. Qual o fim e qual o meio? O fim é afirmar a bicicleta como trânsito. O meio é reunir ciclistas toda última sexta-feira para pedalar juntos na cidade. (para que o meio não se perca, entre outras coisas, é preciso neutralizar a brigada da testosterona que vai à Massa para promover conflito e é preciso garantir que a massa seja a celebração pacífica da bicicleta, apresentando-a à cidade como um forma possível e desejada de transporte para aqueles que tenham as condições para tal. Deixar de comparecer a um fórum que se abriu para discutir a MC e aproveitar para nesse fórum discutir a bicicleta como meio de transporte, diante de um promotor que se apresenta como pedestre, diante das autoridades que foram obrigadas a ouvir e ser confrontadas com a ausência de políticas para a bicicleta seria perder uma oportunidade importante. Marcelo destacou pontos importantes da quebra do diálogo com as pessoas que decidem questões de trânsito. Se queremos leis justas, medidas justas, qualquer fórum em que se possa levar a bandeira da bicicleta pode e deve ser aproveitado. A MC é um detalhe, que se revelou importantíssimo, contraditoriamente por conta do atropelamento. Não fosse o atropelamento, ainda seríamos 20, 30, 80 pessoas a saber o que é a MC, a debater infinitamente, como se importante fosse na economia geral da questão da modalidade de transporte à propulsão humana, se alguém é membro, integrante, participante, pedalante ou nada. na última sexta-feira do mês.
    E, claro, a MC é um meio entre tantos outros que há ou que ainda haverá em busca da finalidade maior: podermos pedalar em segurança.

    • Aldo M. disse:

      Concordo com tudo, exceto em dois pontos:
      – “neutralizar” a brigada da testosterona (o que seria neutralizar? Os militares usam este termo como eufemismo de matar). Eu proponho não intervir. Não vejo eles fazerem nada de relevante contra os princípios da Massa. Prefiro ser tolerante às suas diferenças;
      – Recuso-me a dar qualquer crédito a um terrorista sanguinário. Se houve o atropelamento da Massa Crítica, é porque existia uma Massa Crítica de mais de 100 ciclistas nas ruas. Sozinho, o atropelador poderia atropelar ciclistas, nunca um movimento, e não se produziria o efeito político que ocorreu. Eu acredito que, após o atentado, muitas pessoas inclusive deixaram de considerar ir a uma massa crítica por medo de serem atropeladas.

      • lobodopampa disse:

        A analogia entre “neutralizar” e “matar” é completamente inadequada e certamente não está no espírito do comentário da Naza, que defende uma atitude 100% pacífica. Por favor, vamos evitar distorcer as palavras de outras pessoas.

      • Naza disse:

        Não, Aldo, não pensei em matar ninguém e nunca me passou pela cabeça que o termo neutralizar pudesse ter este significado. Neutralizar significa para mim fazer o oposto do que aquele que quero neutralizar faz, e assim chegar ao estado neutro. Com um sorriso, se neutraliza uma cara braba.

      • Aldo M. disse:

        Não tentei distorcer, só chamei a atenção porque não ficou claro qual era a proposta e o termo “neutralizar” poderia ser mal interpretado por alguns.

  8. Marcelo Sgarbossa disse:

    Ah, e quando digo SEGUE A LUTA, isso não tem nada a ver com briga ou ofensas pessoais. Segue a luta no sentido de continuar acelerando a transformação de uma cultura carrocêntrica (e é claro, os gestores públicos estão inseridos nesta cultura).

    Assim, um pouco de ruído de comunicação, adjetivações e outras questões que ocorrem deveriam ser entendidos como parte do processo democrático.

    abraços

    marcelo sgarbossa

  9. Parabéns Ayres e todos os que compareceram ,obrigado, os ciclistas os saúdam e esperam que as autoridades não fujam mais da sua obrigação de construir ciclovias e os defensores dos direitos difusos, de cobrar destas autoridades as suas reais obrigações. Sinceramente a luta que eu gostaria de ver não é a luta política e a luta de cumprir com as leis, todos os partidos já tiveram oportunidade de nos brindar com ciclovias(todos já foram prefeitos ou aliados dos prefeitos) e as que temos são arremedos, úteis, muito úteis, mas arremedos ao final do que deveria ter sido feito. As ciclovias estão sendo usadas como elementos de promoção pessoal para interesses particulares e estão perdendo totalmente o foco. Parabéns a todos que estão trazendo as ciclovias e a bicicleta novamente ao lugar central do problema e deixando de lado os movimentos e as pessoas. Felicidades, meus caros, saúde e paz para todos.

  10. rebelde com causa disse:

    Nossa, a comparação dos que os que são contra a escolta da EPTC na massa estarem tendo a mesma prática que racistas ou sexistas é simplesmente absurda, aposto que vêm de um homem branco heterossexual. Me pergunto, em que momento o estado entrou tão fortemente nas pessoas, a ponto da presença de seus representantes ser posta no mesmo patamar do respeito as liberdades e direitos humanos mais fundamentais? simplesmente ridículo. Não percebem que “legalizando” a massa se está matando ela? Poxa, é necessário para nós a escolta da EPTC, e, ainda pior, de uma viatura da Brigada (suja de sangue até o pescoço, diga-se de passagem)? Obviamente não, sempre nos viramos sem eles, inclusive vejo como um dos pontos fortes da parada esse faça-você-mesmo, onde os próprios participantes garantem sua segurança e a organização do tráfego da massa. Então pra que (m) é necessário essas presenças das autoridades, opressivas em essência? E a conclusão que chegam é que foi super produtiva a reunião? E ainda atacam os “rebeldes sem causa” (de quem você está falando, amigo?) que, estes sim, supostamente atrapalham a massa crítica? Estamos assistindo um movimento que conseguiu ser tão grande e levantar tantas discussões na sociedade ser destruído, e é uma cena muito feia de se ver.

    • lobodopampa disse:

      ATENÇÃO: comentários com adjetivações inadequadas e/ou ataques pessoais (tipo tachar um argumento de “ridículo” e “absurdo”, e sem apresentar argumento válido) serão deletados sem segundo aviso. Este fica como exemplo.

      • ntlnck disse:

        Aqui a fica claro o esforço que algumas pessoas neste blog fazem para atacar com palavras rudes e desrespeitosas aquelxs que discordam de suas idéias sem dar direito de resposta.

        Oras, “lobo”. Quando compara com racistas e sexistas aquelxs que são contra a participação da EPTC e BM na Massa, estás atacando com força. Força que ofende. O comentário do rebelde com causa foi bastante educado perante sua tentativa de deslegitimar toda opinião contrária à sua. Mas parece que já foi o bastante para lhe deixar preocupado e anunciar que irá exercer o papel de polícia das idéias.

        Afinal, quem senão você para julgar qual argumento é ou não válido?

      • Felipe disse:

        Preocupante isso. Este blog costumava ser um lugar com alguma liberdade para expressar opiniões, independente de eu concordar ou não com elas. Ameaçar excluir um comentário (que em nenhum momento foi ofensivo ou, como se diz na gíria da internet, “trollou”) só porque ele vai de encontro ao que foi escrito é um exagero muito grande. Imaginem se cada um se desse esse poder e saísse por aí colocando avisos e excluindo comentários cujos argumentos não considera convincentes? Um pouco mais de boa vontade e compreensão sempre faz bem, né. Aliás, se quiserem, podem excluir este meu comentário, afinal, deve ter ido de encontro ao que foi escrito anteriormente…

      • Marcelo disse:

        Mas ele apresentou argumentos, Artur. Muito bons, diga-se de passagem. Foste tu que não apresentaste argumentos para dizer de que forma excluir BM e EPTC se compara a racismo e homofobia. Afinal BM e EPTC são instituições que defendem valores que eu não acredito, não são pessoas.

    • Edgar disse:

      Reconheço minha ignorância sobre o que deve ser a Massa Crítica, suas regras tão inflexíveis, suas normas que não podem nem mesmo se adequar às especificidades culturais de cada país ou cidade. Reconheço que sou ignorante. E, no pouco que li e ouvi sobre a MC, não li o “artigo” que diz que ciclistas de empresas públicas não podem participar ou que se participam significa legalizar a Massa. Na minha ignorância, o movimento (ah, também não sabia que era movimento, mas acabo de aprender) não parecia estar sendo destruido. E ele só levantou tantas discussões na sociedade porque houve um atropelamento. Antes do atropelamento nem tinha tanto ciclista e nem a sociedade tinha ouvido falar nesse movimento. Mas então tá, tô aprendendo bastante. “sempre nos viramos sem eles” e é claro nunca os ciclistas sofreram qualquer risco ou atropelamento. Blz.

      • Oi Edgar,
        a riqueza da discussão está justamente na co-existência de ideias antagônicas. Eu pessoalmente não me importo de que representantes do governo pedalem junto comigo (me incomodo quando motociclistas oficiais tranquem cruzamentos bem à frente e trafeguem em velocidade pela calçada. Se eu fosse pedestre ia pular de susto). Acho que inclusive se eles pedalarem junto conosco, terão de admitir que fazem parte da massa e que sim, querem um trânsito mais humano e a convivência entre todos.
        O atropelamento deu um impulso ao número de participantes e fez com que muitas pessoas que até então nem pensavam nisso participassem e avolumassem o passeio. Penso que isso é ótimo, principalmente porque, graças à sorte, o Ricardo Neis não matou ninguém. No entanto, os passeios já vinham ganhando um número cada vez maior de partipantes. Em julho de 2010 foram cerca de 60; em janeiro foram quase 200; tudo isso antes do atropelamento.
        Para mim, a questão não da participação, mas da “escolta” das autoridades, é: do que querem nos proteger? Do contato com motoristas, de que não temos a capacidade de nos fazer entender por eles? De que eles também têm de ser protegidos de nós? Por que, em primeiro lugar, nos colocamos como “nós” e “eles”? Somos os mesmos humanos maravilhosos e terríveis de sempre. Me soa estranho de que precisemos da tutela do Estado para podermos todos estar presentes nas ruas em um mesmo momento. No entanto, concordo com a Naza. A forma não importa. Importa é que estejamos tentando transformar a cidade num lugar para se transitar sem violência, com sustentabilidade e eficiência. Esse me parece o cerne da questão. Tanto para pessoas que não concordam com acompanhamento policial e pré-definição de trajeto quanto para aqueles que se sentem mais confortáveis com a presença do Estado, esse parece ser o objetivo em comum. Ainda assim, mesmo que a discussão sobre o que deve ou não deve ser feito não leve a nada, o direito de expressar uma opinião contrária tem de ser mantido sempre.

      • Aldo M. disse:

        As regras da Massa Crítica não são dogmas. Elas foram testadas no início dos anos 90 e se chegou a elas por tentativa e erro. Ou seja, diversas outras alternativas também foram experimentadas e acabaram descartadas por não serem as melhores.

  11. Nazareth disse:

    Artur e demais, também achei a reunião positiva e também me surpreendeu, principalmente a postura do procurador, seu conhecimento e sua flexibilidade, duas características que sempre caem bem em qualquer pessoa e mais ainda em um promotor público. Mas faço uma ressalva: a reunião me pareceu super positiva do ponto de vista de quem quer se transportar na cidade por meio de bicicleta ou a pé. Talvez para a Massa Crítica não tenha sido positiva, visto que a imprensa tratou as pessoas por “integrantes” ou “representantes” da Massa Crítica. Mas, como já disse aqui e ali, o que realmente me interessa é que a cidade se torne amigável ao uso da bicicleta. O resto para mim é secundário. Se a MC é ou não é bem compreendida, se ela perde ou não perde suas características com a presença deste ou daquele ciclista, para mim pouco importa. O que importa é que vamos ter momentos de debater a cidade que queremos com o MP, com as autoridades e,quem sabe, ampliando o fórum, com legisladores. Por “vamos ter”, que tem implícito um nós, este “nós” quer dizer, “nós que queremos pedalar na cidade todos os dias em segurança”.

  12. Aldo M. disse:

    Resumindo para o povão:

    É permitido andar de bicicleta nas ruas e avenidas, e com prioridade sobre os carros;
    Se for pedalar em grupo, não precisa de batedores nem da polícia;
    Se for um grupo numeroso, é permitido ocupar todas as faixas da via;
    Continuar a passagem do grupo de bicicletas num cruzamento após fechar o sinal não é infração;
    Não existe obrigação constitucional de comunicar antecipadamente às autoridades se for pedalar em grupo.

    É isto, ou me equivoquei em algum ponto?

  13. lobodopampa disse:

    ESCLARECIMENTO:

    Quando fiz a analogia entre discriminação de raça/sexo e repelir a participação de um azulzinho, mesmo que este se integre perfeitamente ao fluxo da Massa, e não fira nenhum procedimento ou princípio tradicional da mesma, talvez tenha exagerado na retórica.

    Por que digo talvez? Porque mesmo depois de pensar bastante a respeito, não me convenci totalmente que é um exagero ou algo absurdo.

    Reafirmo minha opinião – que é só isso, minha opinião:

    se o azulzinho se integra à Massa, conversa com as pessoas, não impõe nada, ajuda a fazer rolhagem, tudo de bicicleta obviamente;

    se mesmo atendidas todas essas condições, alguém diz que ele não pode estar ali, isso é uma forma de discriminação.

    Não sei se é uma forma de discriminação no mesmo grau que racismo ou sexismo; não sei se existem graus de discriminação, pra começar.

    Esta é a minha opinião, e o debate está aberto para toda e qualquer participação que se proponha a acontecer no plano dos argumentos e das idéias.

    Se me passasse pela cabeça que alguém poderia se ofender com essa liberdade retórica, eu certamente não teria me permitido.

    Não por auto-censura, não por medo de críticas, mas porque me importo com os sentimentos das pessoas.

    Coloquem suas idéias com clareza, sem fazer ataques pessoais, por favor.

    • Aldo M. disse:

      Comparações são sempre arriscadas, pois podem envolver outros aspectos além dos pretendidos. Comparações envolvendo grupos sociais, então, chegam a ser imprudentes e é uma boa ideia evitá-las para não ferir, ainda que sem intenção, suscetibilidades das pessoas. Acho que é esta lição que fica e que serve para todos nós.

    • Marcelo disse:

      No meu ponto de vista a diferença entre um azulzinho e um brigadiano a trabalho na Massa Crítica é diferente de qualquer outro participante pois estão representando instituições opressivas: EPTC cuja função é garantir a opressão dos automóveis sobre os seres humano, e BM cuja função é garantir a opressão do estado sobre as pessoas.

      Por isso, para meu ver as pessoas, como eu, que preferem que essas instituições não estejam presentes durante a MC não estão sendo preconceituosas, estão defendendo seus ideais de liberdade. Até mesmo porque não são contra a presença dos indivíduos, mas das instituições.

      Se funcionários da BM e EPTC quiserem ir à MC fora do horário de serviço serão tão bem-vindos por mim quanto quanto qualquer outra pessoa.

      • Olavo Ludwig disse:

        As funções da EPTC e BM podem ser muito melhores do que isto, acho que não dá para generalizar, afinal as instituições são formadas por pessoas, e elas decidem como vão agir.

      • Marcelo disse:

        “Podem ser”. Mas no presente, na minha opinião, é exatamente isso que são.

      • Olavo Ludwig disse:

        Outra coisa, no caso da EPTC por exemplo, ser funcionário da EPTC não quer dizer que concorda com a atual direção da mesma e sua forma de ação, os próprios funcionários colocaram um cartaz na frente da eptc falando mal da direção. Na Brigada acredito que possa ser parecido, embora a estrutura militar seja muito mais rígida e difícil de contornar.

  14. Olavo Ludwig disse:

    Minha humilde opinião:
    1) Quem foi na reunião (eu não pude, mas gostaria de ter ido) foi por se considerar um ciclista preocupado com a mobilidade urbana e não como um representante da MC, porque isso não existe.
    2) Não se chegou a nenhum acordo e nem se firmou nenhum compromisso em relação a MC, porque isso também é impossível já que ela não tem representantes.
    3) Foi positivo por ter se chegado a conclusão de que o MP parece estar realmente preocupado com a mobilidade urbana e não com as picuinhas políticas que envolvem a MC. Poderia ser muito negativo com o MP determinando para a brigada uma repressão ao passeio, o que fatalmente causaria violência.
    4) Na massa vai quem quer, a gente gostando ou não e se for pedalando na paz (sem agressividade e sem autoritarismo) é muito bem vindo, independente dos hormônios e uniformes.

    Opinião pós massa:
    1) Os azuizinhos estavam de bicicleta, mas ainda faltou uma integração, não gostei de ficarem numa comissão de frente, não foram todos, alguns se espalharam no grupo, mas uns 3 ou 4 ficaram lá na frente e eu senti que o pessoal perto deles estava meio constrangido.
    2) Durante boa parte do trajeto fiquei na frente e em nenhum momento vi os ciclistas da eptc decidindo o trajeto e também não fizeram rolha, apenas pedalavam junto e se comunicavam por rádio com outros fiscais que não estavam na massa, mas sim em alguns cruzamentos.
    3) Como tinha os fiscais, o pessoal ficou meio perdido no início e não se estava fazendo as rolhas, mas depois as coisas voltaram ao normal, ou seja, os ciclistas sem uniforme fazendo as rolhas. O ciclistas da EPTC quando passavam por um cruzamento no máximo apitavam e com um gesto de mão pediam para os motoristas aguardarem, isto sem parar de pedalar.

    Agora duas observações:
    1) A MC é tanto um meio como um fim, uns valorizam mais uma coisa e outros mais outra, nenhum dos dois está errado, são os diferentes aspectos da MC, mas podemos perfeitamente aceitar as duas coisas.
    2) Foi uma boa pedalada como sempre, mas ainda pode ser melhor se os ciclistas da eptc se integrarem mais, não fazendo uma comissão de frente.

    • Aldo M. disse:

      Assino embaixo, Olavo, apesar de não ter participado deste último passeio.

      A Massa Crítica é, acima de tudo, um evento muito divertido em vários aspectos. É isto que faz tantas pessoas dos mais variados grupos sociais participarem. E esta união improvável cria algo inteiramente novo, estimulante aos que participam e apoiam, mas talvez frustrante e até assustador àqueles que resistem a mudanças ou revoluções. É só uma questão de tempo: mais dia, menos dia, muitos destes serão conquistados também

      O acompanhamento dos fiscais da EPTC deve ser encarado como se eles fossem apenas integrantes da massa. Pelo visto, infelizmente, não evitou que houvesse o conflito com o taxista que descreveste abaixo.

      Por outro lado, acho que o poder público, de preferência a Brigada Militar, tem a obrigação de fazer escolta na parte de trás da Massa por conta do histórico do grave atentado no início do ano. Ela esteve presente desta vez? E quantos participantes havia, aproximadamente?

      • Marcus Brito disse:

        Os agentes da EPTC não se envolveram na resolução de conflitos porque não era esse o papel deles lá. Quem fez isso, e esteve presente sempre quese fez necessário (eu vi duas situações), foi a Brigada Militar.

        A Brigada estava nos acompanhando com viaturas no final da massa. Nas duas vezes que vi algum conflito, um brigadiano apareceu para apaziguar os ânimos, ainda que tenham demorado um pouco.

        Ou seja, a participação da BM foi positiva, mas pode melhorar. Seria ótimo que da próxima vez eles enviem alguns agentes de bicicleta, para ficar no meio da massa e poder atender com mais rapidez a qualquer situação que possa aparecer.

      • Olavo Ludwig disse:

        Tinha mais ou menos uns 200 ciclistas.

      • Aldo M. disse:

        Na Massa anterior, não presenciei nenhum conflito. É possível até que a imprensa tenham instilado algum ódio contra os ciclistas nestes últimos dias para quem sabe render algumas manchetes depois.

        Acho que o fundamental é ter proteção do final da Massa, o que a Brigada sempre tem provido. Na próxima vez, seria bom fazer uma campanha antes do passeio entre os participantes orientando-os a não aceitarem provocações evitando o agravamento de eventuais conflitos com motoristas.

        200 ciclistas foi bem mais que a última do ano passado, pelo que sei, mas não deve ter atrapalhado em nada a saída dos Porto Alegrenses para o Ano Novo, como cogitaram uns alarmistas.

  15. Olavo Ludwig disse:

    Faltou uma observação que acho importante colocar pois alguém que não tenha visto direito o que ocorreu pode confundir as coisas.
    Em um momento um taxista tentou entrar no meio da massa, como de costume os ciclistas se colocaram a sua frente para impedir, pois nenhum carro pode entrar no meio da massa, isto coloca a segurança de todos em risco, houve então um bate boca e o taxista muito alterado saiu do carro e queria briga, dois brigadianos a cavalo, que por acaso estavam próximo ao cruzamento, pois não estavam acompanhando a massa, se aproximaram e com muita autoridade um deles ordenou que o taxista voltasse para dentro do carro, várias vezes, e pediu com muita educação que os ciclistas seguissem, foi um momento inicialmente tenso mas no final divertido, pois o brigadiano soube lidar muito bem com o imprevisto e tudo se resolveu tranquilamente, pelo menos para os ciclistas.

    • Felix disse:

      Alo Gente!

      Essa foi minha primeira Massa, achei muito bom, vou de novo. Acompanho esse blog assiduamente há tempos, acho a postura em geral de quem escreve aqui muito equilibrada, informada e razoável.

      Sobre a EPTC achei muito boa a participação deles. Quando estavam na frente não decidiam o trajeto mas sim perguntavam a toda hora pros ciclistas lá na frente que direção tomaríamos. Quando bloqueavam ruas apitavam mas também vi fazendo gestos de “segura aí! obrigado! calma!” com as mãos, dum jeito pouco autoritário. Fizeram, enfim, o que faz um agente da EPTC, mas de bike, e na boa. Achei perfeito e fiz questão de parabenizar eles no final.

      Quem foi meio mané foram alguns ciclistas que eu vi serem desrespeitosos com os azuizinhos. Na frente do HPS rolou uma atrapalhação se íamos pra direita ou esquerda na Osvaldo, e demorou um pouco pra fechar a rua. Tinha um gurizão que logo xingou o azulzinho e gritou para eles que “a gente faz melhor sem vocês!” todo indignado.

      Em relação ao episódio do taxista, na Venâncio com Lima e Silva, eu fui um dos que estava ao redor dele na hora. Ele realmente estava agressivo, gritando “eu to trabalhando, tenho 3 filhos pra criar, vocês tão passeando!”. Provavelmente estava respondendo a um chamado na Cidade Baixa. Quando fez alguma menção de entrar no meio da massa, um ciclista bloqueou a frente dele bem ligeiro, e bateu boca. Foi quando o taxista saiu do carro. A brigada estava na outra esquina e logo veio a cavalo, e apartou a briga. Pelo que vi, o nível de agressividade foi o mesmo do taxista e do ciclista.

      Minha impressão geral do passeio é que a Massa precisa dum RP: a ideia é genial, a reivindicação é acertada, a turma é da paz, o grupo é bonito. Tem meninas distribuindo flores, Porque será então que a primeira reação de muita gente é: “esse bando de arruaceiros bloqueando a rua” e outra muito comum que leio é “acham que são os donos da rua”?

      Porque a “Corrida pela Vida” ou o “Circuito das Estações” ou ainda aquela corrida para vencer o diabetes são tão bem vistas e a Massa não? Esses outros eventos também bloqueiam ruas, por muito mais tempo inclusive, mas ninguém se queixa. Não rola um “esses playboyzinhos geração saúde acham que a cidade é deles, que podem correr no meio da rua”.

      Acho que o problema começa com o nome. Massa Crítica já começa criticando. Ou ainda dizendo que tem mais discernimento (crítica) que os outros. Por que se grita “Mais amor, menos motor?” Por acaso quem anda de carro ama menos? É uma generalização infantil. Por que se grita “Um carro a menos”? Eles são inimigos? E por que ninguém grita “Queremos ciclovias!”? Ou “Pela paz no trânsito!”?

      Para que deitar no meio da rua? A ideia não é justamente mostrar a mobilidade da bike? Porque gritar palavrões no meio da rua? Tinha uma guria que repetiu algumas vezes “massa despilhaaaaadaaaa do caraaaalhoooo” bem nessas palavras porque muito não queriam deitar no chão.

      Não basta ser legal, tem que parecer legal. Acho que em geral pessoas que criticam a Massa tem argumentos primários e nunca realmente pensaram sobre o assunto. Mas a Massa como está não facilita a mudança de opinião destes.

      Um abraço e até a próxima, vou certo e levo mais dois junto 🙂

      Felix

      • Aldo M. disse:

        Excelentes tua análise e questionamentos, Felix. Como alguém já disse, acho que os adultos deveriam orientar as crianças, pedindo que não provoquem ninguém nem respondam a quaisquer provocações. Lá por 1979, participei de uma passeata de protesto pelas ruas centrais da Cidade e chegamos a sentar em plena Alberto Bins, na frente do trânsito. Estávamos cercados de brigadianos, que costumavam distribuir cacetadas em manifestações naqueles tempos de ditadura. Mas não houve nada daquela vez. O DCE da UFRGS orientou todo mundo direitinho, distribuindo bilhetes com instruções no caso de sermos presos e gritando a toda hora o mantra “Não, não, não, à provocação!”. Funcionou perfeitamente. Caminhamos tranquilos de mãos dadas até a Praça XV e saímos todos ilesos e felizes.

      • Marcus Brito disse:

        Oi Felix, o termo “Massa Crítica” não tem nada a ver com o ato de criticar, mas com o termo de física que determina a quantidade de combustível para iniciar uma reação nuclear em cadeia. A Massa Crítica das bicicletas cresce até atingir a massa critica da física, e iniciar uma reação em cadeia que transforma a nossa sociedade.

        Concordo que infelizmente a massa está mal no filme, mas é complicado fazer algo para mudar. A mensagem da massa é uma mensagem que quebra com a cultura atual, e sempre vai ter muita gente resistindo a essa ideia. Some a isso a incrível má fé da do maior veículo da imprensa local e temos a receita certa para a antagonização da sociedade.

        Mas não vamos desistir. Vamos continuar espalhando nossa mensagem de menos carros, mais pessoas. Vamos continuar tentando vencer essa resistência à mudança.

  16. Silvio disse:

    Essa foi a melhor Massa que participei. Nas outras era uma coisa meio tensa. Nao vi o lance do taxista e por isso achei muito na paz, pedalei ao lado de um azulzinho um tempo, o cara era tri gente fina, tava fazendo hora extra, e não por que quis, mas foi designado e mesmo assim tava numa boa. Ele fez rolha junto com ciclistas, depois voltou para a Massa. Achei ótima a participação dos azuizihos e, se tem um que outro gurizinho com problema com autoridade, ele vai ficar sabendo que autoridade é uma pessoa como ele e vai deixar de ser bobinho ao ver que muita gente tá gostando de pedalar em segurança, poder ir papeando no trageto (trajeto?) sem se preocupar se vai aparecer um louco atropelador. Foi disparado a melhor massa e os que quiseram atrapalhar, mudar a rota para se fazer de rebelde, daqui a uns anos vão ter crescido e os filhos deles terao uma cidade mais tranquila para se pedalar. Aprendi com minha mãe que só tem guerra quando os dois lados querem guerra. Paz em 2012, boas pedaladas.

  17. Felix disse:

    E disso que falo, Marcus. É um trocadilho esperto, que infelizmente a maioria das pessoas não capta.
    E mudar a imagem da massa não precisa ser tão difícil assim. Não podemos nos vestir num manto de messianismo com essa história de andar de bike. Afinal quem nunca teve uma bicicleta? Se em vez de “mais amor, menos motor” na próxima Massa tiver um poster escrito “Ciclovia já!” ou “Vamos desentupir a cidade?” ou “Faça como milhões de franceses: ande de bike. Mas evite as lesmas”, pode mudar um pouco o enfoque da coisa.
    Aposto que até ZH apoia.

    Me parece que a frente que discute com a EPTC e MP é de uma lucidez e coerência notável, mas a maneira como a Massa funciona ainda é pouco “profissional”.
    Ou não, sei lá, talvez as coisas sejam complementares. Foi minha primeira Massa Crítica.

    Falando em mídia tendenciosa, o que era aquele repórter almofadinha da Band no meio do pessoal antes da Massa sair? Olhando pra câmera: “Os integrantes da Massa Crítica estão há mais de 30 minutos reunidos e AINDA não decidiram o trajeto. Corta.” Ouviu-se rumores ao redor: “Putz, que mané esse repórter…” É só isso que ele consegue dizer?

    Um abraço e vamo lá que a Massa é massa
    Felix

    • Fernando Filho disse:

      A reportagem da edição impressa é pior ainda.
      Eles estão incitando a beligerância.

      • sherkhan disse:

        Me sinto envergonhado por saber que meus pais assinam ZH.

      • Matheus disse:

        Próxima Massa uma parada na frente da ZH para dar-lhes uma salva de palmas. Que tal?

      • Aldo M. disse:

        É de se levar ao Ministério Público na próxima reunião em janeiro. Parece que a decisão favorável aos ciclistas do MP deixou alguns setores da imprensa inconformados. É esse vale-tudo pelo dinheiro dos anunciantes de automóveis que os Sirotsky chamam de “Liberdade de Imprensa”. Que vergonha!

  18. João S. disse:

    Fernando Filho,
    na versão impressa de sábado ou de domingo?

  19. Marcus Brito disse:

    Realmente, a matéria publicada na edição impressa é praticamente criminosa. Como é que o Humberto Trezzi pode mentir tão descaradamente? O que ele está fazendo não é nada mais do que incitação ao ódio, sem nenhuma sombra da verdade. Alguns trechos escolhidos:

    “Foi caótica, anárquica e rebelde a manifestação do Massa Crítica ao anoitecer de sexta-feira. E o Massa joga aberto: é contra. Conta carros nas ruas. Contra motos e ônibus. Contra veículos motorizados. Exige espaço para ciclistas e apela até para jogadas politicamente incorretas, na tentativa de fazer valor seu ponto de vista.

    Maior exemplo disso é que nenhum sinal de trânsito é respeitado. A sinaleira pode estar verde, amarela ou vermelha, os ciclistas passam igual. Alguns deles bloqueiam a passagem dos carros, braços dados, para que a enorme caravana de bicicletas se locomova avenidas a fora. E que os motoristas esperem…”

    “Os ciclistas bloqueiam toda a José do Patrocínio, indiferentes ao buzinaço de ônibus e às caretas dos usuários de carro.”

    Com um jornalismo assim, daqui a pouco até eu vou começar a acreditar que somos apenas um bando de baderneiros.

  20. Jeferson disse:

    É difícil acreditar que um ser vertebrado tenha escrito uma coisa dessas. Mas a ZH faz tempo criminaliza qualquer movimento social, não ia ser agora que eles fariam diferente. Temos que procurar respaldo em outros setores da imprensa (Sul21 etc), na rede de blogs. ZH é perder tempo. Eles são parte dos problemas de Porto Alegre, o conservadorismo, o atraso, a falta de humanidade e identificação com as mudanças necessárias. Vale a pena um campanha de cancelamentos de assinaturas, por ex? Mas para que faríamos isso? Para fazer uma ZH melhor? Quanto melhor, pior. Os caras são fascistas. Ele chega ao absurdo de justificar o atropelamento (é claro que não claramente, pois eles não têm coragem pra isso).

    • Aldo M. disse:

      Na primeira viagem que fiz para um pouco mais longe, fui para a Flórida. Fiquei maravilhado em constatar como os americanos são muito mais avançados socialmente que nós. A Prefeitura de Miami, pressionada por cidadãos participantes, tinha ações bem mais à esquerda que a do PT em Porto Alegre.
      Mas a maior diferença de todas entre lá e aqui foi a imprensa. Enquanto a de lá é liberal e democrática, e portanto tradicional, a dominada pela família Sirotsky nos dois Estados mais ao sul do Brasil é simplesmente medieval. Estaríamos muito mais avançados sem ela. O que podemos fazer de prático é incentivarmos todas as outras formas de comunicação e evitar fortalecer ainda mais os barões da mídia tradicional. Qualquer luta cidadã precisa sempre considerar o papel normalmente nocivo dessa mídia e aprender a lidar com isso no dia-a-dia.

    • Aldo M. disse:

      O que eu quis dizer,mas não me expressei bem, é que a imprensa de lá não tem tanta baixaria como a nossa. Ela mantém, por assim dizer, um certo nível, o que possibilita uma discussão mais produtiva. Os tabloides dos Sirotsky, desde o início, sempre focaram em notícias “populares” ou sensacionalistas, daquelas que chega a pingar sangue do jornal. Este era um nicho de mercado ainda não explorado pelos jornais sérios, como Correio do Povo de antigamente da Caldas Júnior.

  21. lobodopampa disse:

    Vou repetir aqui o mesmo que postei no grupo de discussão:

    “Pesso@l,

    não adianta muito a gente compartilhar a indignação só entre nós,
    acho que isso até aumenta a frustração.

    Tenho me dado ao trabalho de enviar comentários criticando as matérias
    ruins, e elogiando as boas (que começaram a aparecer).

    No caso do clicrbs demora um pouco para aparecer,
    mas se não contiver nada muito ofensivo eles publicam.”

    Acabo de olhar a matéria em questão e ainda não tem NENHUM comentário.

    Vamos lá pessoal, expressem sua indignação no espaço onde isso é muito mais necessário. Aqui estamos chovendo no molhado. Ah, lá certamente tbém não pode usar expressões ofensivas, ataques pessoais, palavrões, etc.

    • Aldo M. disse:

      Também notei que não tem nenhum comentário lá e achei isto ótimo! Deixa essa anta falar sozinha!
      De forma alguma estamos compartilhando indignação entre nós apenas. Este blog é público e é visitado sempre pelos repórteres da família Sirotsky (procuro sempre dar nome aos bois e não fazer propaganda das suas marcas citando-as) e até, para surpresa de muitos, pelo Ministério Público. Além disso, postar aqui em vez de lá ajuda a fortalecer cada vez mais este blog como palco principal do debate do ciclismo urbano.
      Também assinamos o tabloide maldito dos Sirotsky lá em casa, mas as ultimas 10 edições foram direto para a reciclagem sem que as tenhamos aberto. Antes desinformado que mal informado.
      Os mais jovens buscam mais informações em redes sociais que em jornais. O Facebook, por exemplo, direciona muitos internautas para este blog.

      • Jeferson disse:

        Gente, seria sensato cancelar a assinatura e explicitaro motivo do cancelamento. Para que pagar para pessoas nos desrespeitarem?
        Eu larguei a Zero Hora de mão. Estou tentando deixar comentários no Sul21. Não consigo imaginar uma Porto Alegre de pessoas esclarecidas e bem educadas lendo um jornaleco desses. E é claro, não estou dizendo que vocês não são esclarecidos etc. Admiro vocês pra c…

      • lobodopampa disse:

        Pergunta pros teus vizinhos ou pra qualquer pessoa na rua se eles conhecem e lêem o Vá de Bici. Depois pergunta se eles conhecem o clicrbs.

        Não precisa ser assinante para comentar nem para reclamar.

        Eu não assino nenhum jornal, só leio quando cai na minha mão ou na Rede, em princípio não acredito literalmente em nada que nenhum deles publica (isso inclui o Sul 21, que é partidário).

        Acontece que MUITA gente lê e acredita.

        Deixar comentários lá é a única maneira de plantar ao menos uma semente de dúvida na mente dos ingênuos, bem como dos conservadores mais tacanhos.

      • Aldo M. disse:

        E dá para colocar o link para o Vá de Bici nos comentários, Artur, ou eles censuram?

      • Aldo M. disse:

        Uma sugestão aos moderadores deste blog: disponibilizar ou tornar públicas as estatísticas de número de acessos por postagem. Acho que iria valorizar ainda mais a importância dele.

      • Jeferson disse:

        Lobo, te entendo. Mas você há de convir que há partidarismos e partidarismos. O Sul21 deixa bem claro em que lado está. A ZH continua com essa conversinha de imparcialidade. Criticar, duvidar, isso faz parte de qualquer ato de leitura digno do nome.
        O problema é o seguinte: se um sujeito consegue mentir e parcializar de tal forma quando se trata de um passeio com 200 participantes, imagina o que ele faz em diversos outros campos, diariamente? Para que incentivar de qulquer maneira (comentando etc) essa postura ignorante e obscurantista? Mais do que isso: postura arrogante a respeito da própria ignorância. Isso é o fim.
        Não sei. Talvez valesse a pena alguns indignados cancelarem a assinatura. É uma ideia. Mas, claro, quanto mais gente agindo em diferentes esferas – mesmo que seja nos comentários da ZH – em prol de uma vida mais digna, melhor.

  22. lobodopampa disse:

    Não sei. Só testando.

    Talvez seja mais fácil passar se não colocar o linque completo, apenas a palavra chave, ou substituir os pontos pela palavra “ponto”. Estou chutando. Acho que nenhum site ligado a lucro “gosta” de linques aleatórios que podem “desviar” leitores para outros lugares.

    Tem demorado muito para aparecer comentários no clicrbs. Parece que eles esperam a notícia esfriar, só depois liberam os comentários (independente de conteúdo). Sei lá.

    O G1 é ligado à RBS/Globo e publicou uma ótima matéria sobe a Massa anterior.

    • lobodopampa disse:

      Ficou meio confusa a ordem dos comentários, me desculpem.

      Não tenho nada contra o Sul21. Acho interessante e leio às vezes. Sempre com meio pezinho atrás hehehe.

  23. Aldo M. disse:

    Já postei também no Clic e levou vários dias. Mesmo que não seja proposital da parte deles, depois que o assunto esfria, as pessoas não acessam mais. Concordo com a proposta de disseminar mais informações de qualidade, mas não há um modo fácil de se fazer isto. E não podemos subestimar a importância de trocar informações entre nós, os “especialistas”, pois sempre temos muito a aprender também.
    Confesso que já passei da minha fase de “pregador” tentando conquistar novas “almas” para a “salvação”. As pessoas precisam ter um mínimo de interesse ou crítica. Acho improdutivo insistir com quem fica papagaiando com convicção qualquer besteira que lê. No máximo, às vezes, levanto alguma questão que deixe a pessoa desconfortável com seu ponto vista, o que costuma irritá-la, e saio de perto. É preciso dar tampo para as pessoas se acostumarem com uma ideia que vai contra suas crenças.

  24. Aldo M. disse:

    MP reúne Massa Crítica e EPTC para diálogo sobre o trânsito.
    Esta notícia está no site do Ministério Público do RS.
    (não vou por o link porque das outras vez que fiz isto o comentário não foi publicado)

    • Olavo Ludwig disse:

      Aldo, aqui pode por qualquer link, nenhum comentário é deletado, não entendo porque as vezes ele cai na moderação, mas sempre é liberado por alguém, tem várias pessoas que podem fazer isso e eu sou uma delas, as vezes demora um pouco, mas sempre é liberado.
      Ah…outra coisa se puder aparece no passeio hoje (aberto a todos) 18h no gasômetro, é para ser um encontro de reclineiros, mas sempre eu convido todo mundo nas listas.

    • Olavo Ludwig disse:

      Meu nome está ali, mas eu não estive presente, e pessoas que estivaram não constam, talvez um erro sem importância, ainda assim um erro. Marcus poderia enviar um e-mail para quem mandou a ata salientando estes erro?

      • Paulo Godoy Júnior disse:

        Olá Olavo, tudo bem? Meu nome é Paulo. Fui o redator do Termo de Audiência. Incialmente, constou realmente o teu nome e do José Martinez, que não compareceram. Busquei os nomes que foram confirmados no blog antes da audiência, bem como conforme contato telefônico prévio com o Dr. Aires, a fim de verificar quem iria na audiência. Mas não te preocupa, pois não consta tua assinatura. OK? Nos autos do Inquérito Civil, anexa está uma lista de presença com os nomes das pessoas que compareceram, muito embora não citadas expressamente no corpo da Ata. Se houver possibilidade técnica, posso escanear a lista de presença e remeter para vocês, sem problemas. Se olhares também na Ata, em nenhum momento chamei as pessoas presentes de represenantes da Massa Crítica, mas sim participantes. Abraço e boas pedaladas. Paulo.

      • Olavo Ludwig disse:

        Paulo, obrigado pelo esclarecimento.

  25. Pingback: Preconceito contra ciclistas

  26. Pingback: A Quem Interessa acabar com a Massa Crítica? | Vá de Bici

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