Vivemos um caos cultural e por consequência também urbanístico. Todos poderíamos nos transportar alegremente, conhecer pessoas nos caminhos da vida. Quando pedalamos já percebemos muito dos arredores, conhecemos muitas pessoas, interagimos de forma amável com o mundo e os seres.
Agora, caminhar, ah, nada se compara a caminhar descalço. Percebemos miles de coisas a mais. Podemos reparar no menor inseto, observar por alguns instantes uma trilha de formigas as quais com um simples passo evitamos de perturbar a paz destes pedestres.
Notamos casas construídas e mantidas com muito bom gosto assim como as diferentes árvores que estejam florindo. Sábado foi um dia de muitos quilômetros. A maioria a pé e a minoria tocando ficha na minha nave, deixando vários soltadores de fumaças lá para trás como de costume. Pela manhã fui a pé de casa até a Feira Orgânica da Redenção onde uma planta enorme de babosa esperava por mim, depois segui até o restaurante de um grande amigo e de lá até a casa de outro amigo para plantar a Aloe Vera, depois até a minha casa, tudo a pé.
No meio do caminho precisei cruzar uma faixa de “estamos acima das leis e da constituição”:
O momento de cruzar uma avenida deveria ser tranquilo ao invés de extremamente emocionante no pior dos sentidos.
Se as leis e a constituição fossem levadas a sério teríamos o limite máximo de velocidade na cidade em 40km/h e estrutura como lombadas para garantir a segurança e dignidade de quem opta por sair de casa a pé. Até hoje nada de concreto foi feito no sentido de garantir a segurança dos pedestres que por lei deveriam ter a preferência.
Depois toquei ficha, tipo Tóóóóca Fííícha, com a minha nave até o Centro Cenotécnico para assistir a um espetáculo de circo. Mantive entre 40 e 45km/h na Protásio e Osvaldo e no túnel mantive 50km/h para entretenimento de diversos motoristas que volta e meia me acompanham durante alguns trechos para entender melhor o Objeto Voador Não Indentificado tocando ficha rio acima e abaixo.
Mais sobre a caminhada e a pedalada:
http://receitasparasalvaromundo.wordpress.com/
Klaus, essa última foto é emblemática.
😀
OFF_TOPIC > http://portoimagem.wordpress.com/2011/12/13/rua-andrade-neves-sera-alargada-em-janeiro > Menos espaço para pedestres e mais espaço para carros.
Vão torrar mais de 400 mil para destruir o calçadão feito nas administrações do PT. E ainda tem a cara-de-pau de dizer que vai qualificar o espaço para os pedestres. Tem que embargar esta obra!
Por que 40 km/h? Há alguma referência nas leis e na Constituição que cite ou permita concluir isto? Eu também defendo que o limite seja este.
Olá Aldo, 🙂
Não ha referência quanto a números mas 60 km/h é irracional visto que se os carros se deslocassem a no máximo 40km/h o tempo de deslocamento seria o mesmo por causa das sinaleiras ou menor visto que teríamos menos acidentes os quais prejudicam o trânsito e principalmente ferem e tiram a vida de cidadãos, 🙂
Se a racionalidade compassiva fosse parte essencial do ser humano o planejamento urbano seria bem diferente mas hoje nem as leis mais básicas são cumpridas pela prefeitura.
Saiu um post sobre isto hoje no Yahoo: Velocidade assassina na Ilha da Magia
http://colunistas.yahoo.net/posts/14492.html
Como garantir a dignidade e o bom viver dos cidadãos em cidades planejadas para quem mantém a indústria automobilística?
A dignidade dos cidadãos é um direito constitucional básico logo tudo que for um atentado à nossa dignidade como altos limites de velocidade máxima inclusive sobre faixas de “segurança” é uma afronta à constituição.
Em Paris, eu não me senti ameaçado pelos carros. A velocidade máxima em toda a cidade é de 40km/h com chuva e 50 km/h sem.